Vamos falar de exterogestação?

Já ouviu falar em exterogestação?

Exterogestação ou gestar do lado de fora é uma teoria desenvolvida pelo antropólogo Ashley Montagu e difundida pelo pediatra Harvey Karp.

Nesse conceito, observamos e comparamos os bebês humanos com outros mamíferos. Os bebês humanos ainda precisam de um tempo para se desenvolver, enquanto os demais, já chegam ao mundo com uma mobilidade maior, como é o caso dos macacos, que já se agarram em sua mãe.

Por outro lado, se o bebê levasse mais tempo para nascer (em tempo de gestação), a cabeça seria grande demais para passar pelo canal de parto. Segundo a teoria da exterogestação, além dos 9 meses intra-útero, seria ainda necessário mais 3 meses para que o ciclo de maturação se completasse.

Montagu defendeu que esses três meses poderiam ser considerados uma gestação, só que fora do útero. Olhando desse ponto de vista, o ambiente uterino seria simulado (dentro do possível), trazendo maior segurança para o bebê em seu desenvolvimento durante essa fase de transição, além de auxiliar no vínculo mãe-bebê.

Algumas dicas de práticas trazidas pela exterogestação:

• Iluminação: manter o mais branda possível, levando em consideração como era no ambiente uterino e dando maior conforto para a adaptação do bebê;
• Alimentação: prática da livre demanda, assim como no ambiente uterino o bebê era suprido pela placenta, o aleitamento vai além da nutrição física;
• Sono: deixar livre a demanda de sono;
• Toque: um dos primeiros sentidos desenvolvidos pelo bebê, trazer carinho, toques suaves, contorno para trazer segurança;
• Ruídos: dentro do corpo materno haviam muitos ruídos, buscar se possível reproduzir ou trazer músicas que costumava ouvir em um volume baixo;
• Transporte: utilizar sempre que possível o sling, onde o bebê mantém contato com o corpo da mãe, ouvindo seus batimentos, recebendo seu calor e contido;
• Banho: para simular o ambiente uterino é possível dar os banhos no balde ou ofurô.